sexta-feira, 28 de maio de 2010

A Comunicação no 3° Setor.

A comunicação no terceiro setor deve funcionar como uma administração estratégica, auxiliando a organização em suas funções internas. Como em qualquer outro setor, a comunicação deve atingir os resultados desejados independente se a empresa é privada ou uma organização sem fins lucrativos.

Todas as habilitações da comunicação compõem, em suas especificidades, o que segundo Neves (2000) considera como comunicação integrada, o qual descreve da seguinte maneira:

“Comunicação Integrada: Ação comunicativa, que engloba três faces da comunicação empresarial, chamada pelos autores de comunicação administrativa institucional e mercadológica (...)”.

A Comunicação por si só deve assumir o papel de estabelecer relações entre as organizações e seus públicos estratégicos. No terceiro setor esse papel se destaca, pois, quando se trata de organizações sem fins lucrativos a dependência dessas relações, ou seja, e trabalho voluntariado, e as parcerias, podem ser considerados o alicerce do terceiro setor.
 
Para as organizações sem fins lucrativos a comunicação pode e deve ser usada como ferramenta de gestão. Hoje nota-se um alto nível de deficiência nas instituições do 3° setor, fato que se dá pela falta de profissionalismo na área. As organizações sem fins lucrativos muitas vezes até reconhecem a importância de um profissional de comunicação dentro da instituição, porém, muitas delas alegam não ter capital suficiente para manter esse profissional, ou até mesmo, algumas se desgastam desempenhando sempre as mesmas ações de comunicação vendo o baixo, ou nulo, resultado que essas ações proporcionam, desistem de trabalhar com a comunicação perpetuando a idéia de que organizações sem fins lucrativos têm apenas o objetivo de servir a sociedade de maneira caridosa, suprindo as necessidades das pessoas desfavorecidas, ou seja, acreditando que não há necessidade de fazer algo estritamente profissional, mostrando assim a falta de administração.
 
No livro Comunicação e Marketing: Fazendo a diferença no dia-dia das organizações da Sociedade Civil a autora Sylvia Bojunga Meneghetti,destaca nove dimensões da comunicação nas instituições sem fins lucrativos, porém, é possível exemplificar essas dimensões agrupadas em quatro escopos:
  • Administrativo
  • Institucional
  • Mobilização Social
  • Captação de recursos

Segundo Meneghetti existem três razões lógicas para o uso da comunicação no terceiro setor: projetar a imagem da instituição, captar recursos ou potencializar o impacto das ações, razões quais são exatamente cabíveis nas dimensões, citadas acima, da comunicação, mas instituições sem fins lucrativos.
 
Para que a comunicação passe a fazer parte da rotina desse setor, se faz necessário que no primeiro momento o próprio gestor da organização se faça comunicar. Ou seja, se a instituição usa a falta de capital como argumento para a não utilização da comunicação, é possível que o gestor faça o papel de comunicador utilizando ferramentas de comunicação e marketing. Outro ponto analisado são as ações de comunicação ineficaz, nesse caso é necessário analisar que, as mesmas ações executadas em empresas privadas na maioria das vezes não trarão o resultado esperado para uma instituição sem fins lucrativos, o que em outras palavras nos diz que no 3° setor é preciso utilizar ferramentas de comunicação integrada, sair do tradicional para atingir os objetivos dentro das razões lógicas no uso da comunicação nesse segmento.
 
Outra forma de utilizar a comunicação no Terceiro Setor é como ferramenta de mobilização social. O Terceiro Setor é movido, em sua maioria, por trabalho voluntário, políticas públicas e a conscientização social. Seja qual for o motivo da empresa privada, governo, etc., de ajudar as organizações da sociedade civil, pode ser bem aproveitado. A dedução de impostos, e outros benefícios são impulsores dessa prática de responsabilidade social. James Grunig, teórico de Relações Públicas, considerado um dos maiores do mundo defende a idéia de que responsabilidade social seria a necessidade da empresa ser socialmente responsável, e que, além disso, existe ainda a responsabilidade pública, que seria a necessidade de se tornar pública. Ou seja, a necessidade de se tornar pública estimula ainda mais o desenvolvimento das instituições sem fins lucrativos.
 
Para atingir o objetivo de mobilização social Grunig e Hunt descrevem esse processo da seguinte maneira:

“Educação: Elaboração de uma campanha de comunicação, onde o receptor no caso é o alvo da mudança ou mobilização social;
Execução: Ações paralelas voltadas a outros públicos estratégicos que dariam suporte à ação acima, como leis, por exemplo, na atuação de lobbystas em favor de uma causa que corrobore à causa da mudança ou mobilização social.
Engenharia: envolvendo aí todos os inputs, throughputs e outputs que a instituição disponibiliza em seu planejamento para o determinado projeto de mudança ou mobilização social.”

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Principais Objetivos da Comunicação Interna




-Orientar e apontar diretrizes para que os processos de comunicação mantenham seu foco na estratégia da organização e uniformidade das informações transmitidas;

-Desenvolver meios e formas criativas para dar suporte aos processos de mudança e tornar comum, com a linguagem e o veículo adequados, as informações geradas pela diretoria e pelas áreas;
 

-Apoiar os processos de treinamento de lideranças em comunicação;
 

- Criar, padronizar, gerenciar e avaliar veículos e ações de comunicação interna, garantindo que as rotinas de suas atividades sejam estruturadas e implementadas conforme estratégias e procedimentos;
 

- Promover ações de integração e valorização que reforcem a organização como boa empregadora;
 

- Monitorar a evolução dos processos de comunicação interna e o cumprimento de objetivos e metas.

As Relações Públicas no Marketing Esportivo



Para os propósitos do Marketing Esportivo, pode-se definir Relações Públicas como uma estratégia interativa de comunicações de MKT que busca criar uma diversidade de meios planejados para as filosofias, metas e objetivos organizacionais para um grupo identificado como público. O propósito é estabelecer um relacionamento baseado na compreensão, no interesse e no apoio.

Esta estratégia pode envolver:

• jogadores / atletas
• mídia


• funcionários
• mascotes
• patrocinadores




Relações de mídia

Relação de mídia são planejadas para formular e formatar uma opinião favorável através dos meios de comunicação de massa. As relações de mídia adotam uma ou mais da seguintes abordagens: reativas, pró ativas ou interativa.

• Reativas: Captam e respondem a indagações. O pessoal responde a questões, interrogações e solicitações da mídia.

• Pró ativas: O ponto de inicio é a organização.


Ex. Organizações esportivas contatam canais de mídia com possíveis histórias o poderiam distribuir pacotes de biografias dos jogadores, contatarem entrevistas para esclarecimento.

• Interativas: Envolvem e desenvolvem relacionamentos mutuamente benéficos e está ligada ao MKT de realcionamento priorizando a construção de relacionamentos duradouros em vez de realizar objetivos de RP a curto prazo. Nas relações de mídia interativa, cada parte poderá iniciar a ação.




Relações comunitárias

As ações de Relações Comunitárias são partes integrantes do planejamento de MKT das organizações esportivas.O objetivo das ações é fortalecer o entendimento do público, obter aprovação e aceitação do público. As ações podem ser realizadas pelo jogador, equipe ou liga.

Ex. Programa Pronto para o Sucesso, dos Cleveland Cavs.


Ações de longo prazo, afim de desenvolvimento de fãs elevando a venda de ingressos, altos índices de audiência, venda de mercadoria e valor de patrocínio. Atinge diretamente o envolvimento emocional de clientes e fãs.


As relações comunitárias podem envolver promoção de certos jogos, de forma que as ações de MKT sejam dirigidas para um mercado alvo específico geográfico.



Função do RP no MKT Esportivo

Com base no livro Marketing Esportivo de Bernard J. Mullin, o RP tem diversas funções dentro do Marketing Esportivo:



• Fornecimento de informações e comunicação em geral: Manter contato com as bases de apoio da organização comunicar-se com consumidores e grupos de interesse.


• Formação ou fortalecimento de imagem através da publicidade organizacional: Gerar publicidade sobre programas e produtos novos, filiar-se a programas ou organizações ligadas a causas e alcançar o público.


• Relações Comunitárias


• Relações com os empregados: Fluxo da comunicação interna, orientar entrevistas, treinamentos


• Esforços educacionais com propósito de obter apoio político ou popular


Desenvolvimento de negócios/ recrutamento: Assegurar a construção e reconstrução da imagem, manter a história e tradição da organização esportiva;


• Lançamento de inovações ou produtos novos


• Como lidar com a crise: Tomar decisões e saber como lidar com crises e interesse da mídia



Naming Rights


É o direito sobre a propriedade de nomes. A prática da concessão de direitos de nome é bastante comum entre empresas, que compram ou alugam o nome de algum estabelecimento de espetáculos culturais e/ou esportivos trocando para o nome da própria empresa ou de algum produto relacionado à mesma.


Os contratos de Naming Rights são muito comuns nos EUA. Nas quatro grandes ligas esportivas americanas NFL (futebol americano), NBA (basquete), NHL (hóquei) e MLB (basebol), a maioria dos clubes joga em estádios cujos nomes estão cedidos à empresas. Na Ásia e na Europa, o conceito é uma fonte permanente de receitas, tanto para clubes como para as empresas que se associam a eles.


quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A Comunicação e o Relacionamento com o Consumidor



A comunicação influencia diretamente na compra, nos hábitos e nas necessidades do consumidor. Entretanto o consumidor tem se tornado cada vez mais exigente e infiel, obrigando as empresas a trabalharem diretamente com o seu cliente. Novas medidas vêm sendo tomadas em relação à fidelização do cliente e o velho conceito de que apenas a propaganda incentiva à compra não tem mais espaço no mercado, atualmente é necessário um mix de ferramentas e ações para cativar o consumidor.


Com a globalização e a modernização do mercado, o consumidor se tornou mais seletivo, exigente, curioso e, principalmente, infiel, afinal são inúmeras as possibilidades e a concorrência. Os novos clientes não exigem apenas qualidade e baixo custo, eles procuram por bom atendimento, variedade, produtos ou serviços personalizados e uma atenção especial, algo que os faça se sentir especiais. Para atingi-los é necessário um relacionamento direto, tratá-lo como indivíduo e não como massa. Com isso a comunicação se torna presente. É fundamental inovar, pois não basta apenas apresentar o produto, é preciso torná-lo essencial ao consumidor.


As novas tendências de comunicação são fundamentais e inevitáveis. A influência dos meios de comunicação sempre existiu, porém hoje não basta apenas entusiasmar, temos que suprir os desejos dos clientes de maneira mais eficaz.


Entender o cliente se tornou a maneira mais inteligente e objetiva no processo de fidelização do consumidor. Atualmente, as empresas têm investido em comunicação, buscando manter um relacionamento duradouro com seus clientes. Para isso trabalham de forma mais dirigida, utilizando ferramentas como o marketing direto e de relacionamento, as relações públicas e a imprensa a seu favor. Além de constantemente terem que atualizar e modificar seus produtos para atenderem aos seus clientes potenciais e aos futuros consumidores.


Com essas transformações, o profissional de relações públicas vem conquistando espaço e ganhando mercado, atuando diretamente na visibilidade e credibilidade da empresa e da marca, tornando-a mais bem vista e socialmente responsável para seus clientes e pela sociedade. Além de fazer grande diferença no fortalecimento e desenvolvimento de relações de longo prazo com o consumidor, pois através dele conseguimos perceber seus desejos e atender a sua necessidade, o que é fundamental no mercado.


O mercado está em grande evolução abrindo as portas para novas técnicas de vendas e propaganda. Tal crescimento valoriza cada vez mais o consumidor e as suas necessidades, enriquecendo e estimando a relação entre a empresa e cliente, além de tornar esse relacionamento ponto forte da organização.

sábado, 14 de novembro de 2009

Importância da Pesquisa de Opinião Pública para o Planejamento de Comunicação – Definição / Mudança de Identidade


Quando uma organização passa por um momento de renovação e definição de sua identidade, é de fato importante saber e registrar os fatos positivos e negativos de seus produtos ou serviços. O planejamento de comunicação se baseia em fatos, relatos, estudos culturais, organizacionais e opinião pública.


Para alcançar o objetivo de definir a identidade atual da organização e para também conquistar novos clientes, que hoje usam a concorrência como preferência, é de verdadeira importância estar ciente das diversas opiniões dos atuais clientes antes de iniciar o processo, afinal, essa mudança deverá ter efeito positivo sobre eles. A pesquisa de opinião pública é, hoje, uma ferramenta muito utilizada nestes processos.


A OP reflete exatamente o que a organização transmite por seus produtos e por sua cultura organizacional. É de costume confundir a opinião pública com a vontade popular em geral, mas a realidade é diferente se tratando de sentimentos individuais dos clientes internos e externos.


Opinião pública não é a opinião da maioria, e também não é unânime. É composta por diversas opiniões existentes, e abre diversas fontes e fatores para o aperfeiçoamento do trabalho de comunicação. Um de seus principais objetivos é a direção para um consenso completo do público interessado.

Marketing Esportivo


O Marketing esportivo nada mais é que uma ação promocional diferenciada. Embora ainda seja uma estratégia nova no mercado é muito eficaz, pois diferente da tradicional vê o consumidor não apenas como um objetivo a ser buscado, mas também como peça participativa da propaganda.

Por ser rápido e direto e de resposta ao nível de imagem de vendas, a principal vantagem do marketing esportivo é que ele oferece pouco ou nenhum risco e custos menores, além de grande margem de êxito.


As empresas vem investindo bastante nessa ação, pois o esporte sem dúvidas melhora a imagem da empresa fator que compõe o tripé do marketing esportivo que é completado pela comunicação alternativa e pelo esporte como mídia. A imagem que, intencionalmente, deve ser associada ao atleta como marca X produto; o esporte como mídia caracteriza o espaço que o esporte por si só possui, pois independente do produto ele ajuda a vender e permite o que é denominado por regionalização da mídia e segmentação do mercado. O esporte atinge diferentes mercados e públicos, sabendo a modalidade a ser usada o retorno é bastante agradável, caracterizando também o esporte como comunicação alternativa.


Empresas líderes no mercado já vêem o marketing esportivo como uma estratégia indispensável de comunicação, pois suas características de baixo custo e de grande eficácia são inteligentes e inovadoras.